Repo Man

Uma profissão arriscada é dos repo menrecuperadores de bens não-pagos – que por diversas vezes têm de roubar” de volta algo que o dono resolveu ou não consegue mais pagar.

Difícil perder esse

No filme Repo Man de 1984 um pivete punk é contratado para recuperar carros, e encontra um com algo muito doido no porta-malas. Já outra versão de 2010, o Repo Men, conta a saga desses trabalhadores num futuro onde se compra órgãos e implantes biônicos, mas que nem sempre se pode pagar.

“Vamos lá pegar de volta o implante peniano…”

Agora iremos para o mundo dos acessórios de segurança, como cintos e airbags – obrigatórios hoje em diaitens essenciais para preservação da vida nos veículos de passeio, e por que não dizer: em motos.

Desde 2018 motociclistas competitivos vêm implantando de categoria em categoria até a plena cobertura a utilizar airbags em seus trajes. Decerto é algo que auxilia muito em casa de acidentes.

Uma fabricante de coletes com airbags para motociclistas lançou um colete de proteção com airbags conectado e tecnologicamente cheio de artimanhas.

Sua veste Ai-1 possui detecção de impactos eletrônico, calculando rapidamente uma parada brusca considerada batida e agindo mais rapidamente do que sistemas analógicos. O sistema além de chamar ajuda e indicar via GPS onde ocorreu o acidente, também monitora os movimentos do motociclista 1000 vezes por segundo, afim de identificar se há uma emergência maior ou se o acidentado já se levantou e está relativamente bem.

Mas aí vem a questão: o que raios os repo men têm a ver com airbags de moto?

O serviço em questão é um assinatura. E confirmaram que se acaso não houver pagamento do serviço, o colete não funciona como airbag.

Não pagou, morreu

Também com o advento da IoT, updates também podem ser feitos em carros que por ventura tenham features pagaspermanentes ou não – e que monitorem situação para as empresas de seguro cobrirem ou não em caso de acidentes. Afinal, potência não é nada sem controle.

Começamos então a viver em um mundo distópico, onde grandes empresas controlam o fluxo de consumo e a vida das pessoas? Acho um pouco cedo afirmar que estejamos em um ponto tão absurdo e ficcional, já que não temos tantos dispositivos que nos cerceiam como lâmpadas inteligentes, termostatos, alarmes, babás eletrônicas, campainhas, geladeiras, lava louças, câmeras com detecção facial, redes sociais, GPS, celulares com todos nossos dados, chips de identificação, robôs que aprendem a andar sozinhos, assistentes pessoais que controlam todos seus dispositivos conectados. Não há absolutamente nada com o que se preocupar.

Fonte: Vice

Author: Eric Mac Fadden