Quando o racismo compensa

É uma merda ter de agüentar durante sua vida toda as pessoas te apontando ou trocando de calçada. Gente já deduzindo clichês de seu gosto musical, vida esportiva ativa e preferência por frango frito com refrigerante de laranja na varanda.

Não se levar à sério pode ser uma saída, mas que apenas perpetra a imagem

Esse foi apenas um exemplo de como o racismo na ‘Muricah é pungente e enraizado em sua cultura, transformando uma parte de sua população (que em seus primórdios nem queriam estar lá) dos que ajudaram a construir o país em caricatura.

Mas antes o problema fosse apenas o escárnio. Há a violência policial (aquém daquele movimento idiota de BLM, que apenas aumenta a diferença entre o próprio povo), bullying constante não importando a situação e o hábito. Este último é quase uma regra social velada, onde quem acaba lutando contra se torna um ativista caricato que na maior parte das vezes nem é levado à sério só quando aparece em TV ou no congressoo ‘Muricahn tradicional é extremamente racista. E a situação acaba gerando também o racismo reverso, que não deixa de ser prejudicial também.

Aqui se vê muito do racismo velado nos anos 80. Onde tudo que é negro é pobre

Bullying no trabalho

Uma situação muito pior é quando já se suporta uma vida inteira com esses problemas que pra começar nem são seus e acaba por sofrer preconceito no trabalho. A situação a seguir não é velada como no dia-a-dia falso que A América™ leva, é explícita.

Um ascensorista na empresa do Señor Elão™ em uma fábrica em Fremont/CA sofreu com inúmeras demonstrações racistas, pichações maldosas e até mesmo pessoas o mandando “voltar à África” – mesmo sendo um cidadão tão americano quanto os próprios praticantes do ato e com isso perdeu peso, sono e se isolou cada vez mais durante o um pouco menos de um ano que trabalhou lá e sofreu com a situação.

O Processinho™

Eis que o sistema judicial é colocado no jogo e a inevitável surpresa aparece: o processo é ganho. Só que dessa vez a sentença não foi um simples “danos morais“, foram 137 milhões de danos morais.

Normalmente as empresas no Vale do Silício possuem uma cultura de “entendimento entre os funcionários” para resolver essas questões. Nada de sair na mão ou dar uma arma pra cada, contar dez passos e virar, mas uma linha de diálogo para livrar a empresa de quaisquer ônus. Nem sempre isso funciona.

Outros processos dentro da própria Tesla estão em andamento, como o de um ex-funcionário que ganhou $1 milhão pro ser chamado de palavracom”n”proibidaatualmentenaMuricah por um supervisor e agora processa o próprio supervisor também – just for fun.

A Tesla ainda sequer se manifestou se contestará ao veredito de $137 milhões, e sobre a defesa da empresa é que “a Tesla não é a mesma de antigamente” – o que pra mim já é uma admissão de culpa.

Mas os U.S. and A. são um país livre e protegido pela Primeira Emendasubterfúgio muito utilizado lá para toda uma sorte de loucuras e opiniões pessoais – por isso muitas vezes situações assim são simplesmente dissolvidas pois o caso é revertido para o acusado, de que sua “liberdade de expressão” fora ferida. O país foi construído pelo preconceito e seu poder é perpetrado pelo mesmo.

Não quis ser o “defensor dos fracos e oprimidos” ou o Paladino das Minorias™ aqui, mas apenas foi mostrado que há situações estapafúrdias que não fazem sentido ocorrer. E obviamente há isso em todo lugar, porém por lá é especialmente antagônico, hipócrita e bizarro.

Não tenho preconceito, odeio a humanidade por igual. Beijos de luz e gratilúcifer.

Fonte: The Verge

Author: Eric Mac Fadden