A arte tem seu valor subjetivo. Às vezes atrelado à uma situação, outras ao artista em si quando o mesmo possui ações peculiares. Já o NFT é uma lambeção da própria rola, imbuindo um valor imaginário como se fosse o serviço dum eletricista que só precisou reapertar o parafuso no conector do chuveiro – não desmerecendo o eletricista, que ao menos sabe o que está fazendo e resolve algum problema.
Às vezes a arte tem de ser provocativa, que gere uma reação qualquer ou que nos faça repensar valores. Seguindo tal premissa, o engenheiro de software australiano que mora e trabalha numa van Geoffrey Huntley criou uma página copiando basicamente todos os elementos do The Pirate Bay e disponibilizou 20TB de NFTs (gif, jpeg e afins).
Para as pessoas com uma vida real, NFT de jpeg é basicamente o que os “críticos da arte” chamam de right-click mindset – salvar as imagens pra usar depois – ou roubo de “obras“. A gente o faz mesmo é pra mandar nos grupos…
Um NFT nada mais é do que um link para algum lugar na nuvem (Google Drive, OneDrive, domínio do Wix, Teta esquerda da Sua Mãe™ ou até mesmo em posto do Faceboo… META), os quais em sua esmagadora maioria são basicamente voláteis, como o “valor real” de um NFT. Se o cara esquecer a senha e como recuperá-la, adieu NFT.
Esse foi um belo exemplo do que alguém que sequer é um artista criando arte de verdade, a que te faz questionar, que incomoda de uma maneira a instigar o pensamento. Talvez os maiores artistas da atualidade não sejam artistas mesmo (Banksy é basicamente um pichador glorificado).
Fonte: The Verge