Ontem assisti um pequeno documentário (beeeeeeemmmm patrocinado) sobre a indústria da música atualmente e como ela é pior pro artista hoje em dia do que antigamente. A internet que parecia ser O Grande Satã™ pras gravadoras hoje é a Galinha dos Ovos de Ouro™, de onde surgem infinitos números de otários para serem explorados.
Basicamente eles te enfiavam numa dívida contínua, onde os lucros eram diluídos numa longa cadeia entre produtores, estúdios, burocratas e a tia do café atééééééé chegar no músico. Isso quando o músico não era o compositor ou apenas o cantor.
Fazer sucesso de verdade hoje em dia é ABSURDAMENTE difícil – não aqui, pois o Cidadão Banânio Médio™ abraça cada tipo de merda facílima de se produzir e distribuir gratuitamente, basicamente a partir de memes e coisas de mau gosto – e no caso da indústria da ‘Muricah é uma organização criminosa aliciadora de idiotas com ego grande.
Desculpem pela fonte, é mais pelo Billy Corgan:
Claro que o documentário fora parcial, pois não mostrou como os selos de rock da Europa funcionam – não tão longe, mas diferente – e como seus contratos não são tão absurdos, pois no fim da cadeia entram os pequenos estúdios que também têm de produzir pra receber algo. No fim os europeus do gênero recebem pela sua obra mais grana do que um ‘Muricahn pop em termos de proporção. Mas não os exime das péssimas práticas dos americanos nas grandes gravadoras, também há disso por lá.
Claro que existem as grandes gravadoras por lá, mas o mundo pop se separou muito do gênero em questão, principalmente pelo fato dos músicos de rock não aceitarem a incapacitação criativa que os “grandes produtores” geram para o artista do pop – lê-se: merda. Por isso que nesse caso os selos independentes também se juntam entre si em grandes “cooperativas” para atingirem seus objetivos: o dinheiro pra todo mundo.
Mesmo assim, alguém lucra mais do que o outro e os músicos só conseguem ganhar grana mesmo tocando por aí, o que a pandemia cagou em cima – eu mesmo toquei há duas semanas, após mais de dois anos parado. A diferença é que entre os pequenos na Europa não há uma regra de escravidão como há na indústria Americana, até mesmo depois de se desligar de contratos eles lucram com a obra do autor/intérprete sem que receba um mísero centavo – ou menos do que isso, se levar em conta ganhos dos serviços de streaming, que basicamente são apenas divulgação – e até mesmo continuem devendo apresentações, gravações e até mesmo cameos para pagar a dívida que lhes enfiaram na goela.
Depois se perguntam por que a música hoje em dia é ruim.