Há uma semana surgiram rumores que a Espiruleta do Tio Jobs™ iria oferecer um serviço único revolucionário e original, onde permitiria até quem não tem onde cair morto possuir seu bólido negro (ou verde, azul, vermelho, amarelo, preto, branco ou Rose Gold™, não importa pois o olho onde seria utilizado é cego) e trocá-lo assim que um novo modelo fosse lançado.
A assinatura consistiria em um valor mensal onde você alugaria o aparelho e cuidaria de sua manutenção para uma posterior devolução, impedindo que o iUser™ tivesse a onerosa tarefa de dispor do valor total toda vez que trocasse seu Espelho Negro™. Haveria também a possibilidade da prática envolver seu Espertorrelógio™. O valor mensal dependeria do plano, sendo de 12 ou 24 meses.
Revolução revolucionária
Este pensamento absurdamente fabuloso e inovador se parece “um pouquinho” com uma certa prática que nós do Terceiro Mundo™ estamos ligeiramente acostumados a exercer: o parcelamento.
E nãovidade piora. Já existem os planos de celular, onde você paga à operadora o serviço de telefonia recebendo um aparelho – exatamente nos moldes que a Apple propõe – e já sai usando. Já no modelo da Pitaya de Cupertino™ você teria de possuir um serviço de uma operadora à parte – mais grana.
Genial se levar em consideração os outros serviços da Apple já existentes, como Apple Fitness, TV Plus, iCloud+, Arcade, Music e Prolapse Recovery Emergency Service™ que os iOtários™ de plantão já assinam (e com gosto, como um bom Otário™). Há uma remota possibilidade de pacotes de inscrições sejam incluídos nos planos. Agora dá pra entender o por quê de otário nesse contexto?
Se consegue pagar (e usar) por tudo isso, ótimo, você venceu na vida e pode queimar dinheiro à vontade. Se não, é de uma panaquice extrema defender quem quer invadir vossos recônditos corrugados com uma betoneira para minerar dinheiro de seus bolsos.
E no fim das contas, o aparelho não é seu, os serviços não são seus, a vida não é sua. OBEY. CONSUME. BE OUR LITTLE BITCH.