Uma função muito importante do design é a de ser útil. Facilidade de manutenção e praticidade ao utilizar o objeto são fatores primordiais nesses ponto. Falhar em qualquer um dos dois é condenar um produto.
O design também visa a melhora da utilização de algo já existente, gerando às vezes um novo objeto, nem sempre de menor custo, mas com sua função amplificada e eficientemente aplicada.
A tecnologia nos oferece um leque infindável de designs, úteis e esteticamente agradáveis, e o importante é tê-lo inteligentemente funcional.
Um dos últimos lançamentos da Manzana Del Diablo™ foi sua AirTag. Acessório que já existe há um tempo que ajuda o pessoal esquecido e absorto em pensamentos mais importantes – como impressionar o namorado oferecendo um temaki gourmet servido em meio de suas nádegas – auxiliando a encontrar objetos importantes que não podem faltar em seu dia-a-dia, como malas, bolsas, consolos, laptop da Xuxa e as chaves de seu HB20 ou Prius!
A Apple sempre foi conhecida pelo design de seus produtos, e por muitas vezes inovando na área por causa disso – iPods que o digam – mas em minha concepção falhou em algo quanto às AirTags.
O iFixit obviamente já desmontou as moedinhas da Apple e comparou com outras tags no mercado:
Notaram algo de similar das as outras tags? Pois é, com o intuito de vender mais acessórios a Berinjela Messiânica™ resolveu simplificar DEMAIS o design, causando o Efeito USB do MacBook™. A solução é vender chaveiros para o que já poderia ser um.
O site que desmonta tudo observando essa “falha” no desenho das AirTags resolveu logo meter o loco na minúscula chapinha: fizeram um furo para pendurar uma argola.
Pronto! Como um pedreiro que resolve serrar um buraco no teto pra dizer que é uma “clarabóia” pra transformar sua sala num “jardim de inverno“, só foi fazer um furo por onde não há nenhum circuito ou atrapalha o funcionamento da tag que tá resolvido e se economiza uns – muitos por aqui – e voilá: uma tag igualzinha às outras.
Às vezes só precisamos ser desafiados para a solução de problemas, principalmente em design de produtos que gastam milhões de doletas em seu desenvolvimento.
Hail gambiarra!
Fonte: Ars Technica