Que atire a primeira pedra quem jamais obteve de forma “gratuita” algum conteúdo. Mas quem é da gangue da Master Race o fez por um motivo específico: a jogatina sem fim.
Nesses últimos anos até este mesmo que vos fala parou com a prática, pois a oferta pelas múltiplas plataformas é muito grande. Promoções, DLCs e até mesmo gratuidade de jogos é imensa, deixando uma biblioteca quase infinita para um tempo bem finito.
Se disser que parei por completo, seria uma falácia, pois um hábito que surgiu por não ter dinheiro para comprar jogos agora uso como ferramenta de avaliação: se gostei, compro. Se não, esqueço.
As DRM (Digital Rights Management) são a forma de parar com a pirataria e para as pessoas efetivamente pagarem pelo trabalho, mas acabou sendo um mal necessário. Porém um dos piores incômodos hoje em jogos originais – sim, há! – seria a constância online ou a verificação na entrada do jogo. Claro que uma minoria de jogos utiliza-se desse artifício, que normalmente são as “grande apostas” das produtoras, foi o que a Denuvo veio a fazer e falhou miseravelmente, pois o que é mais visado, corre maior risco.
Eis que em meio a essa batalha surgiu o GOG (antigo Good Old Games), que além de não utilizar nenhum DRM nos jogos, ainda ressuscita os antigos incompatíveis com os sistemas atuais.
Neste final de semana mais um “lançamento” caiu nas “cruéis garras dos crackers” – as equipes de quebra das DRM – o relançamento de 2020 – agora para mais plataformas – do Crash Bandicoot 4 – It’s About Time. Assim que surgiu para a plataforma Master Race na sexta-feira, começou uma corrida contra o tempo, pois o jogo demanda conexão com a BattleNet assim que inicia, o que pode ser um saco pra quem tem internet de batata ou é cliente NET/Claro. E assim se realizou a profecia: no sábado já haviam quebrado a proteção e o nascia o famoso “crack” do jogo.
Normalmente a conexão serve para prover conteúdo que apenas online seria possível, como um multiplayer à distância e… eu acho que só isso mesmo. O jogo em questão não possui NENHUMA característica online, sendo que seu multiplayer é old school: tela dividida para co-op para duas pessoas ou quatro jogadores em modo versus.
Mas o que parece é que cada dia menos esse tipo de ação seja necessária. Cada vez menos pessoas andam utilizando essa “forma alternativa” de obtenção de jogos, pois com o advento dos multiplayer e seus execráveis “battle royale“, é obrigatória a compra destes já que são totalmente online. Os crackers o fazem por entretenimento ou por um motivo mais ideológico: derrubar paredes e fazer com que todos tenham acesso à informação, conteúdo e entretenimento de uma forma que não tenham de pagar – além da conta de luz no final do mês, mas isso também é contornável. Afinal é essa visão romântica que os induz à guerrear contra as grandes corporações.
Fonte: Ars Technica