O protetor dos conteúdos oprimidos pela pirataria e uso indevido por toda Internet e Mundo Real™, o DMCA, há tempos está em uma empreitada contra o Cloudflare – famoso serviço de proteção de sites – que sob seu guarda-chuva protege “teoricamente” sites onde se disponibilizam downloads de toda sorte.
O serviço tenta se manter neutro quanto às investidas do DMCA e não perder seus milhões de clientes, e só toma providências quando os casos são levados ao tribunal, e passa a bola pro site em questão.
No final de 2018 duas designers de vestidos entraram com um processo contra o Cloudflare por não tomar providências quanto aos sites que vendiam cópias de suas peças, se utilizaram da tecnologia de um parceiro do DMCA que detecta produtos piratas, o XMLShop LLC.
Porém o Cloudflare não conseguiu obter dados desse parceiro, como funciona e quais as indicações de detecção – o que é essencial pra o processo se sustentar – e após duas intimações o DMCA entregou apenas um vago e confuso documento.
Aí a coisa fica mais estranha: o advogado do XMLShop apresentou Suren Ter-Saakov como único funcionário da empresa – que afirma ter uma grande equipe pelo mundo – onde seu LinkedIn e site pessoal não confirmam o mesmo. E também um tal de Blair Hearnsberger seria o CEO da Counterfeit Tecnology (que a XMLShop utiliza), onde seu perfil no LinkedIn parece ser falso.
Ninguém parece conseguir obter as provas dos takedowns pelas empresas, e nem como funciona tal tecnologia. Os advogados do Cloudflare suspeitam que seja uma rede de bots disfarçada de empresas reais, o que deixa tudo mais estranho. Um teste feito gerou em 10 segundos uma notificação de copyright, algo muito rápido para humanos até mesmo os com pressa pra ir ao banheiro ou escrever textos para um site de “tecnologia para pessoas“.
No momento os advogados da XMLShop estão tentando produzir provas para não anularem o processo das designers contra o Cloudflare.
Fonte: TorrentFreak