Seguinte: hoje em dia há muito lixo espacial orbitando nossa Batata Azul™. E se algo cair na sua casa? No seu cavalo? No seu Simca Chambord placa preta?
Teoricamente uma comissão do país “vitimado” e do originador do detrito irão pagar os danos, mas ninguém irá para cadeia – mas é praticamente um acordo de cavalheiros, e apenas foi usado uma vez. Se for causado pelo mesmo país, aí fica à encargo do próprio governo mesmo.
Com o aumento do números de satélites funcionais e descomissionados, há uma crescente demanda para o surgimento da Lei Espacial™. Três pontos devam ser atentados:
– Prevenir acidentes;
– Monitoramento e colaboração para ação;
– Sistema de responsabilização.
Mas vai do país responsável levar à sério a situação: em 1979 o Skylab caiu em regiões inabitadas da Austrália e comicamente os U.S. and A. foi multado em AUS$400 por despejo de lixo em local inapropriado – fato ignorado até um radialista pagar a multa em 2009 como piada.
Há também o fator ambiental, mas como a maior parte dos casos da queda de detritos espaciais pela história, é sumariamente ignorado e tratado praticamente como “estacionamento proibido” ou “destruição de propriedade por pisar na grama” indiferente da nação. No caso do Kosmos 954 que caiu no Canadá e espalhou lixo radioativo do reator por uma bela área, um esforço que custou U$11.5 milhões entre os US e Canadá limpou a área e posteriormente, a URSS que inicialmente fora cobrada em CAD$6 milhões e só pagou CAD$3 milhões e os canadenses ainda pediram desculpas.
E essa foi a única vez que esse tipo de acordo foi feito.
Os esforços do Elon “Fumo charutão de Bagulho na Frente de Todos” Musk são louváveis nesse quesito, com a Space X pousando de volta e economizando milhões – ok, bilhões – em combustível e construção de foguetes – mas não vi nada sobre seus satélites do Starlink ser recuperáveis – talvez com o sucesso da Space X isso seja realizável.
O negócio mesmo é botar uma lixeira gigante em órbita e esperar que joguem nosso lixo espacial lá… se a lixeira não cair e matar seu cavalo. Mas talvez haja outra solução já idealizada antes…
Fontes: TNW – ABC – National Interest