É obrigação de todos os pais garantir uma infância saudável para seus filhos. A internet é um poço sem fim de porcarias relacionadas a pr0n, antivaxxer, cadáveres expostos, episódios de Jane The Virgin e extremismo político e que ultimamente anda sendo má influência para os adultos racionais e crescidinhos, imagine para os infantes?
Há tempo nos computadores existe o Controle Parental, onde os geradores das amostras de futuro podem filtrar – muitas vezes segundo seus conceitos – o conteúdo que os jovens mancebos consomem, e obviamente este tipo de função se estendeu ao sites, já que ter um computador sem internet hoje em dia não faz muito sentido.
E como a molecada hoje basicamente nasce grudada em telas, nada mais óbvio do que YouTube, Instagram – quem é que em sã consciência permite uma criança ter um Instagram???? – tenham seus próprios sistemas para filtragem de conteúdo. O segundo exemplo parece passar com problemas de privacidade parecido com os da Apple.
Mas o YouTube é pátria educadora. É o lugar onde as crianças acabam passando mais tempo penduradas, então uma das funções do site além de não mostrar conteúdo impróprio também seria desligar o maligno – que desliguei há anos por sinal – botão de autoplay que lhe deixa num infinito loop de porcarias que o perfeito algoritmo do YouTube não para de tocar.
Também haverão avisos de “hora de dormir” e “dê um tempo” para a pivetada ter ciência que o Grande Irmão™ sabe que estão enrolando. Conteúdo excessivamente comercial também será evitado automaticamente, para não estimular o consumo de produtos – como unboxing.
Tudo isso parece também se estender ao motor de busca do Oráculo™, onde os pais até mesmo poderão pedir a remoção de imagens que considerarem inadequadas – tudo para treinar a maravilhosa AI do Google e que um dia considerará os pais obsoletos – desligará o histórico de rastreamento e também não permitirá aos usuários menores de 18 anos desativarem o Safe Search, para desespero dos adolescentes onanistas.
Aliás, parece que essas medidas são restritas aos usuários de 13 à 17 anos, basicamente excluindo as crianças mais novas que obviamente não estão usando nenhum dispositivo conectado à internet muito menos assistindo ao YouTube. Portando segundo o Google é ilegal você mostrar um computador, celular ou tablet conectados à internet para uma criança com menos de 12 anos de idade, ou pra eles está liberado o consumo de quaisquer conteúdos vindouros dos confins da conectividade.
Ou apenas aponta que é dever dos pais até essa idade ao menos acompanhar os filhos nessas empreitadas, o que não deixa de ser óbvio para os bons criadores da prole. Mas vendo como anda o mundo, até entendo essa “função educadora” para pais.
Fonte: TechRadar