As preocupações quanto à privacidade podem sumir de uma hora pra outra quando se trata de achar algo roubado. Dois pesos duas medidas talvez?
As AirTags não são uma idéia nova e nem exclusividade do Rambutão Eclesiástico™, mas sua rede de localização Bluetooth é pra lá de funcional – e plenamente dependente de usuários de iPhone – e estão se mostrando úteis não apenas para a Apple te rastrear, mas para achar larápios.
O patinete sumido
Dan Guido mora em Nova York e é CEO em uma empresa de cybersegurança, então nada mais lógico do que ele pensar em subterfúgios de… segurança!
Como todo modernete hi-tech avançado millenial hipster tem de ser, Dan tem um patinete. Compreensível se levar em consideração o trânsito na Grande Maçã™ – pun not intended. Em um belo dia seu belo veiculete fora subtraído, porém o meliante não sabia da presença de dois AirTags escondidos lá.
A caçada começa
Indo à delegacia os policiais basicamente tiraram sarro porque roubaram um patinete de “apenas” U$800 e que deveria deixar pra lá. Mas Dan não estava convencido e foi atrás do contraventor por conta, ao menos localizá-lo e chamar a polícia.
Com as moedinhas da Apple pipocando a localização o tempo todo, ele ficou preocupado de as AirTags começassem a emitir ruído para a localização após um certo tempo – de 8 a 24 horas longe da “base” – então a busca se tornou uma corrida contra o relógio.
Ele conseguiu chegar até um apartamento na sobre loja de um mercadinho, mas como “uma preocupação quanto à privacidade” a Apple impede às vezes que o dispositivo seja utilizado para rastrear pessoas, então sua localização exata se tornou impossível.
Mas o rapazote devia ir à uma conferência em Las Vegas e teve de deixar sua caçada para outro dia.
Para Servir e Proteger
Após convencer dois policiais a finalmente procurar seu patinete, as AitTags dão o ar da graça em uma loja e e-bikes e então se dirigem para lá.
Em uma pilha de patinetes usados lá estava ele: apitando desesperadamente como se fosse um cão reencontrando o dono que voltara da guerra. Mesmo assim os funcionários não acreditaram nas duas AirTags fazendo barulho ao mesmo tempo e ainda teve de se conectar a outro app para mostrar que eram mesmo as dele.
Mas tudo deu certo, inclusive chamar a polícia foi o mais correto – imaginem o desenrolar envolvendo advogados e outros meios cheios de buracos, como Sua Mãe™ – apesar de muita gente recuperar seus bens por conta própria, sempre é aconselhado envolver a polícia para não dar merda.
Algo que aqui na Banânia talvez não seja tão útil, pois dependeria de usuários do Tijolete Mágyco™ para criar uma rede de localização – dependente dos celulares – e talvez a detecção seja muito esparsa. Mas mesmo assim ainda está se mostrando o tipo de localizador mais eficiente do mercado justamente pela quantidade de usuários. Sim, teci um elogio à Mexirica Quântica™, me processem.