Uma das novidades da NAMM – a feira da Associação Nacional dos Comerciantes da Música no EUA – foi algo que ninguém havia tentado antes: usar a GPU do computador para o processamento de áudio. Se aproveitando dos recursos da esquecida plaquinha no meio, mesmo porque até a quantidade de VRAM em muitas das atuais é maior do que a própria RAM destes para a produção musical, foi uma maneira genial de carregar o peso de VSTs (instrumentos virtuais, atualmente com samplers reais para aumentar a veracidade dos timbres) e outros efeitos que demandam processamento apenas da pobre CPU.
Outro ponto interessante é a latência, já que se tratando de áudio nada melhor do que um imediatismo crônico, pois por muitas vezes plug-ins e efeitos são tão pesados e grandes que têm de ser processados quase que exclusivamente para tocarem em tempo real ou então que sejam aplicados e tocados depois de uma renderização do áudio sem ser na hora.
A GPU Audio é um software de uma desenvolvedora que já possui vários softwares como VSTs, DSP (processadores digitais de sinal) e soluções web para áudio, inclusive com potenciais clientes empolgados com o novo recurso:
Não creio que serão os reis da cocada preta no ramo, mas como pioneiros abriram caminho pros softwares já existentes começarem a pensar no assunto com algo muito importante no ramo profissional: retrocompatibilidade.
Assim como um banco de dados tem de ser adaptado/interpretado por uma mudança de estrutura num servidor, com áudio algo parecido passa pelo mesmo processo. Já temos remasterizações de gravações dos anos de 2010 – ahhh… a Loudness Wars foi horrível, vide o Death Magnetic do Metallica – portanto abrir os projetos no mesmo software é essencial e nada melhor do que abrir no mesmo ambiente, e processá-lo mais rapidamente com, por exemplo, o processamento via GPU apresentado.
Outro ponto interessante da novidade são os upgrades, que podem ser feitos livremente (com apenas Nvidia no momento) apenas espetando uma GPU nova e voilá, melhor processamento instantâneo.