O fator Milli & Vanilli era motivo de piada em meados dos anos 90 por não ter sido eles a gravar as músicas, dublando nos shows. Falácia comprovada. Mas e quando se fica velho com mais de 70 anos e é um astro do Heavy Metal, estilo que se não der 180% de si a apresentação fica ruim?
O Rei das Trevas, ex-drogadão, viciado em sexo, comedor de morcego e batedor de palminhas sorridentes em palco Ozzy Osbourne já sofreu demais por acidentes, doenças e alguns poucos discos não-muito-bons fora pego com a boca na botija por estar dublando o início de uma das maiores músicas do Black Sabbath, junto de seu ex-comparsa Tony Iommi em Birmingham – sua terra natal e da banda.
Mas concordarei com o vocalista do The Darkness acima – não gosto da banda, porém impossível um cara arrogante assim ser tão carismático – o Darklord está velho e mesmo após uma cirurgia por causa dos pinos que tem nas costas e pescoço após ter caído dum quadriciclo há vários anos, foi se apresentar. Óbvio que iria (e provavelmente usa há tempos) algum recurso tecnológico para fazer um show fabuloso, onde cativaria até os cachorros que passassem na rua. Depois de uma certa hora, ele assumiu o controle, só precisava de um tranco.
A técnica também vale pra overdubs (quando se tem várias linhas de guitarra por exemplo, mas só um ou dois guitarristas, ou teclado sem tecladista no palco) e até eu já me utilizei do artifício – com intros ou piano sem instrumentista presente – mas só é desprezível quando toda a performance de um vocalista por exemplo, é apenas uma dublagem tosca.
Mesmo assim, se foi o Ozzy, eu perdoo…