Beleza que num primeiro momento a revolta quanto ao nem lançado ainda Stellar Blade fora justificada e que o jornaleirismo se tornou seu principal meio de divulgação, fazendo com milhões de nerds, virjões – os dweebs – desejassem com mais força ainda o game. Mas a censura já chegou nos jogos existentes, como no que-antes-se-orgulhava-de-sua-imundície Cyberpunk 2077 e que ainda permite escolher o tamanho de sua genitália que resolveu censurar as propagandas da cidade.
Então nada mais “normal” do que alterar um jogo considerado um “remaster inalterado” como um da musa do dweebs dos anos 90: Lara Croft.
Só que esse pessoal está chorando por dois posters dentro do jogo que nem davam pra enxergar na versão original – mas que foram usados até em seu marketing – e agora se tornaram os mimizentos da vez.
Sem falar na jaqueta do Pierre, que possuía uma ofensiva pin-up pelada, além de até o logotipo de cima também ter sido alterado.
E também há o aviso que “há conteúdo ofensivo” mas resolveram manter porque já existia no original.
Mas também há outro contexto, o de não possuir mais as mídias, ficando à mercê dos verdadeiros “donos” do conteúdo alterarem o quanto quiserem e quando quiserem o que VOCÊ pagou para ter. Nesse contexto entendo bem.
Já passaram por uma playlist no Spotify que começou a faltar músicas? Pois é, é um desses exemplos quanto a “não ter nada e ser feliz” de nosso admirável mundo novo onde somos desprovidos de todos poder, sucumbindo à vontade do quem o tem para moldar a sociedade da maneira que lhes convir. Em jogos isso já é feito há um tempo após matarem as mídias físicas, afirmando que “baratearia” a aquisição. Fomos feitos de bobos direitinho.
Além disso há também o fator dessas mídias simplesmente sumirem, já que não teríamos uma cópia conosco para consumir. Se o “dono” resolver que aquilo não dá mais lucro nenhum, basta tirar de circulação e seu problema será resolvido, algo como Da Vinci usar a Mona Lisa (sim, é separado – the more you know) como lenha após mostrar pra meia dúzia de pessoas.
Por isso que considero a pirataria uma forma de conservar arte e conteúdo. Fora que se não for utilizado para o lucro, vejo menos problemas ainda. Baixo músicas e filmes até hoje e nunca irei parar e recomendo 10/10.