Um dos motivos de ter “desistido” de ver filmes e séries – apesar de estar quase na metade do King of The Hill, mas é outro tipo de imersão – é a falta de história ou falta de complexidade interessante na mesma. Li uma boa parte dos clássicos sci-fi e sei como foram utilizados para elaborar quase todas grandes obras de cinema contemporâneo, à exaustão.
Mas uma mídia que me decepciona bem pouco quanto ao conteúdo são os jogos. Muitos deles me proporcionam centenas de horas com histórias, detalhes e a vida dos NPCs (non-playable characters) como se fossem uma nova vida que me fora proporcionada. O escape ideal para a decepção do mundo atual é me sentar e fugir para Londres pós-apocalíptica, Grécia antiga, impérios medievais fictícios ou futurísticos, construindo personagens ou reinos.
Mas retornando às histórias, uma das mais interessantes que já joguei é a da franquia Dishonored que se passa em um tipo de Inglaterra vitoriana repleta de pragas, ruínas e politicagens, movida a magia e óleo de baleia. E este é um dos seres mais fantásticos e centrais do game sem ser seu personagem principal.
Eis um NPC que tem uma presença constante e importante para a civilização demonstrada, mas por poucas vezes com os holofotes virados para si, mas com uma história muito mais profunda e contada em diversos documentos e até mesmo em opiniões de outros NPCs – por que não chamá-los de cidadãos? Estão vivos no contexto – e com um peso enorme para todos.