…ou Peter Griffin. Ontem cometi algo digno de uma sketch dos Simpsons ou Family Guy, com o resultado de queimar metade de meus pêlos abdominais.
Com a panela de pressão já na etapa aberta para secar meu fabuloso frango, interrompo minha rotina de inúmeras tarefas simultâneas de fones de ouvido com alguém discutindo um assunto aleatório no YouTube – entre lavar salada, picar cebolas e guardar louça – enxugando as mãos vou verificar o almoço e fico redistribuindo obsessivamente a comida pela panela com o intuito de ser abençoada por todo molho galináceo que ali criara-se.

Concentrado naquilo que fazia meu cérebro ser inundado por dopamina, começo a sentir um cheiro de queimado. “Acho que a panela está descentralizada e a colher de pau que deixei aqui queimou um pouco” – penso comigo mesmo já examinando o objeto. Tudo ok e nem quente a colher estava, mas o odor agora se tornara mais pungente junto de um reconhecível aroma de outra coisa queimada – “Ah, isso é cabelo queimado! Agora sim detectei, ufa…” – olhando para a mão direita e contemplando a ponta do pano de prato em chamas (que havia levado até o fogão para alinhar a panela pelo cabo). Mergulhei a ponta acesa num prato cheio de água que ainda estava lavando na pia e senti meus pêlos da barriga com as pontas entrelaçadas. Eis que queimei um monte de fios queratinosos da pança.
É um sinal que a idade chegou e agora anseio pelo Dia do Arremesso®.




