Decerto uma das funções mais importantes no auge da Pandemia, além dos entregadores de comida, médicos e OnlyFans foi a dos trabalhadores em armazéns de e-commerce.
Por aqui a área andava ligeiramente morna, quase parando. Eis que com toda a situação fomos obrigados a ativar um Nível ‘Muricah™ nessa modalidade comercial e finalmente entramos no primeiro mundo… ok, não mesmo… mas isso finalmente deslanchou e o ramo cresceu e cresce bastante.
No caso dos U.S. and A. a Amazon simplesmente reina absoluta e sem sinal que irá diminuir o passo. Por causa disso há uma crescente e imparável demanda de trabalhadores não apenas para as entregas, mas pra seus armazéns não atrasarem os milhões de dildos que os ‘Muricahns tão avidamente consomem.
E claro que todo esse trabalho constante custa dinheiro ao pobre empregador. Este tem de arcar com os crescentes custos de salários – pagar bem que só fecha e orienta caixas? Que absurdo! – e até mesmo pela saúde deles! Algo que os mesmos deveriam estar atrás e cuidar de si mesmos. Imaginem funcionários desastrados sofrerem acidentes, inclusive chegando a danificar mercadorias… uma afronta à quem estendeu a mão à 175 mil pessoas em tempos difíceis!
Dois ingratos funcionários foram demitidos em abril do ano passado por, além de criticarem a falta de equipamentos de segurança e lentidão na ação por causa do Covid, ergonomia e tudo mais, também chamaram publicamente seu empregador de feio e bobo por apoiarem empresas de gás e petróleo – tudo para obter mais recursos e sustentar estes párias e suas famílias – mesmo ambos trabalharem na área de UX (User Experience – Experiência do Usuário em lusófono) e sequer terem carregado uma reles caixinha.
No fim das contas esta inexorável situação se voltou contra os empregadores, que mesmo afirmando na época que “funcionários podiam criticar a empresa, mas peralá que o assunto não é teu” agora terão de pagar todo o salário durante o período até o fechamento do processo, e nem falaram se os dois terão seu emprego de volta.
A situação é pior aqui no Reino do Micto™, onde o empregador realmente é em sua maioria das vezes um pobre filho da puta que paga muito pra trabalhar, e paga muito pra poder manter alguém trabalhando pra ele – quando o empregado não é um filho da puta maior do que o Desgoverno. Os sindicatos daqui são mais uma prova que é tão lucrativo não trabalhar do que pegar numa enxada. Não que sejam desnecessário, mas práticas esquerdistas perpetraram um heroísmo vagabundo ao cara que lascou uma unha no escritório e quer receber por insalubridade, além de se afastar por três anos porque se sentiu psicologicamente afetado pela situação.
Não que uma sindicalização não seja necessária, mas para algumas funções é praticamente um absurdo, como vendedores – que têm de se virar com a lábia e se forem bons, conseguem um trabalho melhor, fazendo por merecer. Mas o principal problema aqui é o Estado, que cobra impostos até mesmo de cada pequeno aspecto dos direitos trabalhistas e que cai no colo do empregador pagar por isso.
Mas claro que podemos publicamente criticar nosso empregador, pois estaríamos pagando na mesma moeda os maus-tratos aos funcionários. É isso? Às vezes falta um pouco de bom senso antes de xingar quem lhe paga o salário (mesmo sendo uma grande empresa), principalmente se o assunto não afeta o reclamante. É algo que aprendemos com a vida, se fodendo dia-a-dia para ganhar o pão – que às vezes falta.
Enfim, First World Problems™ com solução de sindicato banânio.
Fonte: The Verge