O recém-eleito prefeito de NY, Eric Adams (não o vocalista do Manowar), quer receber seus três primeiros pagamentos em criptomoedas, atrás do exemplo do prefeito de Miami que iniciou o MiamiCoin para descentralizar a moeda corrente e centralizar TODO gasto e arrecadação na prefeitura.
Obviamente a idéia tem dois lados: um muito bom (para a cidade) e outro muito ruim (para o país).
O lado muito bom (para a cidade) é que não haverá como vazar um centavo para fora do controle municipal, como impostos e outras taxas, pois passará pelo sistema local. A moeda será processada pelo município.
O lado muito ruim (para o país) é que os impostos federais e estaduais seriam cobrados como? Uma desvalorização na criptomoeda local poderia gerar um prejuízo imenso para todos os envolvidos (parabéns) ante o resto do país, pois se tratando de criptomoeda a estabilidade não é uma característica marcante (para melhor ou para pior).
E os impostos municipais? Seriam cobrados a partir de qual cálculo? Da moeda nacional ou pelo valor que a cidade deu à sua própria?
Além claro da confusão entre operações, como se fosse uma de nossas fabulosas trocas de notas, carimbadas e remarcações que até 1994 estávamos tão acostumados por aqui.
O governo de El Salvador (que atualmente é obrigado a usar o US Dollar como moeda) irá adotar o Bitcoin como moeda oficial – para se livrar em parte da cobrança americana quanto aos empréstimos, que como o dólar é valorizado, as cobranças vão junto – o que leva a um blockchain já muito bem estipulado e funcional há anos.
O Bitcoin não é irrastreável, na Dark Web sequer usam essas criptomoedas “pop” – usam algo como o Monero, que realmente não dá pra rastrear – e um ponto positivo (para quem usa) e negativo (para os bancos) é que a modalidade reduz custos quanto às transações.
Vamos ver o que o futuro nos reserva nessa zona toda…
Fonte: The Verge