Me deparei com um vídeo do James Hoffmann ontem muito interessante, dando razão à indústria dos cafés em cápsulas de alumínio no sentido ecológico em vários sentidos, porém concordo muito com ele quanto a parecer balela, inclusive sobre que jogar as cápsulas do material no lixo (quimicamente inerte no caso do material) seria melhor do que filtros de papel (que geram metano em sua decomposição, apesar da velocidade). Apesar de frisada a reciclagem, a famosa abobrinha da “pegada de carbono” que as indústrias jogam no colo dos consumidores – algo quase irrelevante se pesarmos o que estes geram na balança lucro deles/nosso consumo – para reutilizar esse alumínio seriam gastos recursos desde energia para fusão do material, poluição química e ao transporte que seriam muito maiores do que a produção de papel, que utilizaria menos recursos para a reciclagem, além de ser uma fonte renovável. Um certo ser colega de Dante poderá nos iluminar melhor nos comentários.
Entrando na categoria consumidor, a qualidade dos “cafés” em cápsula também não são aquela maravilha – apesar de, na pesquisa, parecer convincente a eficiência energética do preparo ante aos métodos tradicionais – sendo que a esmagadora maioria do produto é resultado de café de varrição: restos inclusive de folhas e galhos recolhidos do chão após a colheita do café per se.
Creio que similar ao que ocorreu com a indústria do cigarro (médicos fumam Camel) e alimentícia (com sua pirâmide), pode ser que nosso sagrado líquido escuro possa sofrer conseqüências imprevistas quanto à regulações e à qualidade, tudo custeado por nós pra variar.