Na América do Norte já vimos a ação das agências de direitos autorais em cima de quem inocentemente torresma uma copiazinha dum filme qualquer, como E.T. ou A Outra História Americana, processando e cortando seu acesso à internet diretamente do provedor. Por isso que quem mora por aquelas bandas, vive de VPN – empresas que provavelmente possuem um lobby enorme junto das produtoras de filmes também, assim podendo lucras em dois front. Inclusive por aqui esporadicamente acontece isso.
Tudo isso facilmente detectado pelo provedor – que nem sempre quer cooperar nesses casos, pra não perderem clientes – providenciando o máximo possível de dados com o judiciário, muitas vezes à pedido do governo. Aí quando o Estado se mete, não apenas uma pessoas física se ferra, mas o provedor de serviço também pode rodar junto, como já vimos aqui o que pode acontecer quando agem. E esse nem foi o caso de direitos autorais hein…
O Estado pode
Retomando o caso dos direitos autorais, os judiciários de todo o mundo já mostraram o que podem fazer nessa situação, portanto nada mais normal do que se tornarem a força máxima quando algum estúdio se sentir prejudicado por pessoas malignas estarem roubando seu trabalho, mesmo que já tenha obtido um lucro dantesco. E é o que aconteceu na Índia, com um dos apps mas “privados” que possamos usar como pessoas comuns.
Agora o caso nem foi um grande estúdio ou produtora musical, foi à pedido de um professor indiano cujo curso era distribuído no Telegram em canais de “conteúdo gratuito“. Mesmo com a plataforma do Mr. Pavel brigando contra, teve de revelar IP, nomes y otras cositas más sobre os donos desses canais para o governo tomar providências. O apelo do Telegram foi que os servidores localizados em Cingapura não podiam ter seus dados revelados segundo as leis de lá, o que não surtiu efeito na Índia.
Mesmo assim, a plataforma afirma que nem sempre dados privados possam ser obtidos sem que alguns requisitos, servidores e local estejam alinhados com isso. Mas sabemos que isso provavelmente não seja verdade.
Enfim, vimos aqui que mesmo os paladinos da privacidade – o app maligno que subversivos utilizam para planejar agitações e protestos contra a ordem – obviamente têm seu lado puta e que abrem as pernas pra qualquer grande mercado que ameaçar bloquear sua presença. E que o Estado consegue mais dados de você do que gostaria.
Fonte: TechCrunch