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Ainda há honra na arte?

Em um mundo que engatinha com o uso das AI para geração de imagens, textos,códigos e soluções pro dia-a-dia, a honestidade autoral é plenamente dubitável, já que obras podem ser “forjadas” com a simples conjuração de termos numa caixa de diálogo. O fotógrafo alemão Boris Eldagsen num concurso mundial de fotografia realizado pela Sony levou o primeiro lugar utilizando o cheat que até pessoal no escritório anda usando pra burro (e eu por aqui caso não tenham percebido).

Porém o diferencial é que ele usou do recurso para provar um ponto: após recusar o prêmio e revelar que sua última “criação” foi totalmente feita produzida por diversas AI, passando de uma à outra – talvez o processo criativo seja oriundo do fotógrafo ao menos – de 30 a 40 vezes para evocar “falsas lembranças” em sua coleção. Levantou o questionamento também de quantos “artistas originais” estariam se usando das AI e levando os louros da “árdua tarefa”. O alemão – não aquele que te faz esquecer da vida – foi até Londres, invadiu o palco da premiação e leu uma declaração sobre o assunto.

Fonte: Engadget

Apenas checando fatos

Não que em um primeiro momento e de maneira honesta, a checagem factual de informações seja algo ruim, porém sabemos que SEMPRE irão abusar desse recurso de maneira insana, principalmente governos e seus lobistas em geral. Na Índia as grandes empresas como Facebook, Twitter, Google, Apple, e Amazon estão se sentindo ameaçadas pela Asia Internet Coalitionsendo suas maiores associadas as citadas anteriormente – pois com seu mercado por lá aumentando exponencialmente nos últimos anos, temem uma desaceleração por causa de tal filtragem em seu conteúdo e posterior regulamentação governamental em sua propriedade.

Claro que nada o que a CIA não tenha feito em seu país de origem – ou em qualquer outro lugar do mundo – com o bureau da imprensa indiana reclamando também o medo da falta de informação por esse motivo é justificado como um atraso na evolução da disseminação de notícias, mesmo a internet indiana sendo conhecida por alarmismos falsos e geração de pânico, levando até à linchamentos por boatos em WhatsApp. Admirável mundo novo, não?

Fonte: TechCrunch

Ex-Metallica

A banda que há quase três décadas não é mais Thrash Metal – passando pelo Country pesado, um pseudo NuMetal (eca) pra cair numa coletânea de riffs sem sentido colados uns nos outros afirmando ser “música” – lançou seu último álbum, o 72 Seasons, e gera sentimentos mistos em uma galera antiga e nova. A velocidade voltou a ser um foco positivo de boa parte das músicas, o que dá uma renovada na agressividade, mas outras com um groove beirando as músicas do seus discos de Heavy Country (Load e Reload, criativos pra caralho os nomes) o disco ao meu ver não “decola” e não tem nenhuma música realmente grudenta ou relevante ao meu ver. Os clipes até que são adequados – já lançaram vários – mas os solos do Hammet decepcionam, com uma justificativa que são “viscerais” e “adequados” às músicas, denotando uma preguiça de compor algo melódico memorável como outrora.

Ao menos a experiência multimídia não está desagradável. Uma audição sem atenção, como música de fundo também deu outra perspectiva para o disco, me fazendo até gostar das músicas que considerei “ruins” como a 72 Seasons e a Chasing Light. Sou um fã antigo tentando dar uma chance à velha guarda que tenta – e comercialmente consegue muito bem – conquistar novos mercados atuais.

Não sendo suficiente pra fazer Cliff levantar do túmulo e reclamar, ainda está aceitável.

Author: Eric Mac Fadden