Novamente sobre o tópico de energia solar, me deparei com o teste sem qualquer precisão mas com bastante dados feito pelo Dave Murray – The 8-Bit Guy – e também bem realista conforme a realidade no Texas (que está quente para um caraglio por lá). Pessoal por aquelas bandas ficou com medo de ficar sem recursos após as tempestades no inverno de 2021, então obter recursos off-grid se tornou uma obsessão pelos moradores da área. Além do medo dos tornados – colega de trabalho morou por lá até alguns meses atrás, hoje está em Orlando e descreveu uma situação de emergência, que acabou por ser em vão – o calor intenso que sempre fez por lá foi fator predominante pelo pessoal não estar preparado para a nevasca daquele ano.
Dave é um cara esclarecido, não cairia nos golpes dos vendedores porta-a-porta e montou – com ajuda profissional, claro – dois sistemas: para seu pequeno estúdio/oficina adjacente à casa e fez um upgrade em seus painéis solares, já que um dos principais objetivos era fazer funcionar aparelhos de ar condicionado necessários para a manutenção da vida humana no calor texano.
Eis que em uma situação real, foi gerenciando o nível das baterias, refrescando sua casa e mantendo a geladeira ligada pelo máximo tempo possível sem estar ligado ao grid de energia. No final conseguiu ter um certo conforto – trabalhando umas 4 horas no código de um de seus jogos – por 16 horas sem consumo de mídia ligada na tomada, com apenas o essencial. Certamente seis AC mais o sistema central é um exagero até mesmo para nossos padrões, mas para um cara que derreteu queijo para o almoço só deixando um pratinho coberto sob o sol, é compreensível.
Não sei se ainda vale muito a pena investir em uma situação urbana por aqui – casa grudadas, alturas diferentes e muros com o potencial de atrapalhar a captação de luz – mas um dos principais pontos ao menos para os gringos é a independência de um sistema, a liberdade em poder se virar e não se tornar um autômato onde o governo apenas sorve os recursos gerados pelo cidadão. Eis uma bela diferença que nos faz admirar tanto – ao menos pela parte positiva – os ‘Muricahns e sua iniciativa de botar a mão na massa não por desespero e necessidade, como nós, mas por ideologia.