Não posso dar opinião quanto ao assunto, eu sei. Mas darei. Carro automático não é pra motorista, é pra senhoras na menopausa e condutores da Miss Daisy. #prontofalei
Ao meu ver e do entendimento como funciona uma caixa de câmbio, a única situação válida para um automóvel automático é quando o mesmo possui CVT e olhe lá, mas vejo como a diferença entre um chuveiro eletrônico e um comum… ou um ventilador de teto com dimmer ou sem.
Como diz o Boris no vídeo abaixo, dirigir tem de ser algo prazeroso e que satisfaça suas necessidades como homem, domando o motor da maneira que deseja e não esperando que uma pré-definição deixe seu dia mais fácil porque desejam que dirija como uma donzela em perigo com medo de despentear o coque samurai e ralar a calota da Renegayde.
O carro pode ser ruim, a ar (olá VW), velho ou um Fiat, mas ao menos você sentiria o bólido desalinhado e saberia de seus limites e o quanto esticar – afinal motor é igual cu, cada um conhece o seu e respeita os limites – e aprecia uma boa ultrapassagem daquele Cinquecento branco de capota roxa com um tiozinho esquisito dentro cantando Gloria Gaynor à toda (depoimento real, mais adequado impossível). Uma vez com a chefia fomos de Brasília até Luiz Eduardo Magalhães/BA num automático. Além de bração é pé-de-chumbo, foi frustrante pra ele – e mais seguro para nós lá dentro – estar com um automático. Não vou denegrir (posso falar isso em rede nacional?) totalmente os automáticos, pois em termos de segurança para motoristas ignóbeis, testemunhei sua função.
Em suma: se você não sabe dirigir/tem medo/não consegue prestar atenção em algo mais complexo do que andar e olhar pra frente respirando, os automáticos são para você. Mas se acaso preze pela masculinidade frágil e tem orgulho de domar uma máquina como se fosse um corcel-negro-infernal-atropelador-de-sindicalistas-criador-de-viúvas, manual é a única opção.
Post Scriptum: além de ter batido num poste aos 14 anos, joguei muito Euro Truck Simulator 2. Isso conta pra validar minha opinião?