É passageira

A tão chamada “moda” das AI que tanto dizem que não iria durar é balela. Há tempos era usada porém apenas por profissionais da área de controle de massas – Google, Apple, Amazon, Fecalbook e afins – e que há pouco caiu na mão de usuários com experiência em tecnologias e de outros que se questionados sobre a amarração dos sapatos, fogem do assunto.

Buscas e processamento de dados pessoais já eram feitos via AI por alguns anos não é novidade, mas as ferramentas que engatinharam às mãos do público em geral agora faz parte de toda e qualquer empresa que assim o quiser, bastando ter um sobrinho que saiba instalar o Adobe Reader. Então nada mais natural do que uma utilização profissional de verdade pelas empresas seria inevitável, mas com danos colaterais irreversíveis a muitas áreas. Desemprego é apenas uma maneira de reparar que os tempos mudam assim como as empresas de charretes e estábulos ficaram revoltadas com Henry Ford.

E vivendo nesse conforto digital onde cultivamos um lindo físico à lá humanidade no filme Wall-E, nos acostumamos com a facilidade dos apps. Pra pedir comida, suprimentos, enviar documentos físicos e encomendas, consumir mídia e até mesmo (pasmem!) aprender algo.

A bola da vez

Agora chegou a hora do Duolingo mandar gente embora de seu staff. Publicamente decidiram chutar 10% dos funcionários pois irão utilizar AI generativa para seu conteúdo afirmando que “simplesmente não precisamos mais de tantas pessoas para fazer o tipo de trabalho que alguns desses funcionários faziam” e foda-se vocês terão de me engolir (RIP). Então para reparar os danos de tal afirmação tão real disseram que não estariam “mandando gente embora“, mas sim apenas desligariam os que terminassem suas partes em um projeto como se fosse o curso natural das coisas. E na verdade, é mesmo.

Claro que teve gente revoltada como o indivíduo que possuía quatro pessoas numa equipe e todos menos dois foram “desligados“. Os que ficaram se tornaram meros revisores da AI maligna.

Porém isso tudo não era novidade nenhuma para eles, seu Birdbrainmétodo que usa AI como meio para adaptar os exercícios e desafios do usuário conforme sua performance/detecção de conhecimentoera basicamente machine learning pura desde 2020e que até junho de 2023 ao menos os exercícios eram feitos por humanos – sendo apenas uma bomba-relógio àqueles achando que seu trabalho na internet era para sempre.

A versão full SérgioGPT® do Duolingo

Só nos resta adaptar e sobreviver nessa selva com cérebros positrônicos que até outrora apenas nos serviam de maneira burra e obediente, limitados à nossa própria ignorância.

Fonte: Mashable

Author: Eric Mac Fadden