Spam pseudocientífico

As AI se tornaram regra pra produção de conteúdo – meu trabalho incluso e odeio – e basicamente TUDO que é roteiro que não seja técnico o suficiente ou específico demais, é feito usando aquela porcaria de ChatGPT. Locução para os vídeos também se tornou fácil de se fazer via Speechify e imagens com inúmeros outras ferramentas. Porém o problema real não reside com pessoas honestas querendo produzir mais facilmente algo, mas nos espertões que além de bolar inúmeros golpes, acham maneiras de ganhar dinheiro até mesmo do YouTube, até que alguém descubra isso:

Esse tipo de conteúdo quando bem elaborado é interessante para todo tipo de público, mas quando apresentado de forma confusa e com informações erradas simplesmente pescadas de AI ou copiadas de artigos, faladas por AI e com imagens roubadas de tudo que é lugar, pode ser nocivo e levar a conceitos errados com informações tiradas da cloaca de um pavão albino da Indonésia.

Porém o pulo do gato não reside apenas em vídeos rasos ou errados, mas na produção de vários canais com basicamente os mesmos vídeos – postados em períodos constantes, às vezes de 12 em 12 horas como cita Kyle Hill acima – e essa quantidade monetizada de conteúdo só traz benefícios mesmo pro spammer que ganha pela quantidade e o cansaço. Muitos desses canais têm milhões de inscritos e views, quase nenhum ou nenhum comentário nos vídeos e estão acima dos autores originais, como o exemplo dado do canal oficial do telescópio James Webb em terceiro lugar e seu conteúdo “suecado” por estes canais auxiliados pesadamente por AI.

James Webb telescope in front of a flying saucer” – é verdade esse bilhete (gerado pelo Adobe Firefly)

Quem perde, claro, é o público em geral e não esclarecido que apenas se interessa por um assunto que potencialmente poderia agregar à seu conhecimento real, mas apenas lhes prejudica com balela e lero-lero. É um Admirável Mundo Porco, mas vindo de humanos não culpo as AI, afinal foram feiras à sua semelhança e…. pera, onde já vi isso?

Então eis algo a mais para se criar um filtro ao buscar conteúdo em um lugar que até então, possuía bons vídeos sobre assuntos científicos reais.

Author: Eric Mac Fadden