Eis uma banda que gostava muito quando era novo, quando nem era o Metalhead que respira mercúrio, cádmio e cobalto 26/8 de hoje. O No Doubt era basicamente ska que se tornou “pesado” para o estilo por pura pressão comercial, e sinceramente não ficou nem de longe ruim.
Apesar da Gwen Stefani ter essa carreira solo horrorosa, cheia de holofotes, superproduções e músicas pra lá de inaudíveis, sempre foi um talento foda desde os tempos pré-Autotune – o que por si só lhe garantiu competência ao executar seus trabalhos vocais – e a energia que seu estilo original tinha.
Por mais “vendidos” que tivessem se tornado, o No Doubt foi uma das maiores influências pros anos 90 e pras meninas do Glrrr Power como Pink e cia. Não tão revoltada como Courtney, mas não tão comportada como Lauper, a medida era certa de rebeldia jovem com motivos aceitáveis. Fora a “terceira onda do ska” que pariu um pessoal como Mighty Mighty Bosstones, Sublime e Voodoo Glow Skulls.
O som não se resumia à baladinha mezzo flamenca, mezzo radiofônica da Don’t Speak, mas além do ska com metais de Spiderwebs e Trapped in a Box haviam também músicas energéticas como a “punk” Excuse Me Mr.
E aqui o que faziam antes do sucesso do disco Tragic Kingdom, que quase todo mundo conhece algumas do rádio.
