Estética cultural

É, lá vem mais mimimi do véio… mas dessa vez contra o mimimi. A maioria daqui (creio que seja né? Senão um abraço por trás dos gaúchos cêis são tri, tchê!) são homens de vida ganha ou ainda em desenvolvimento que pela vida atribulada muitas vezes apelam pro entretenimento caseiro mais popular desde o Atari, Odyssey ou outro dinossauro: a jogatina.

Eu ia falar sexo mas pelo visto quase todo mundo aqui é ou foi casado, então é justificável a observação. Mas retomando o assunto… muitas vezes nada melhor do que, assim que um espaço para si próprio surge na vida, é sentar e atirar, pilotar, voar, nada, navegar, hostilizar, calcular, e outras maneiras de se aproveitar um bom game para desestressar a mente sem ou com o uso de aditivos recreativos – álcool, outras coisas são adventos de MO-LE-QUE – e assim se esquecer dos problemas diários.

A atualidade

Sendo que a mudança dos tempos nos mostra alterações nos conceitos dos jogos atualmente, hoje vemos protagonistas que representam a nossa cara metade que nos impele a gastar mais recursos, tempo e dedicação assim que pomos um anel em uma de suas falanges: as mulheres.

Temos exemplos de grandes heroínas que nada impediram um bom entretenimento, mas um atributo até mesmo entre (em sua maioria) os heróis másculos sempre fora a boa estética e exemplo físico. Citando alguns temos Lara Croft, Axel Stone (Streets of Rage), Geraldão (o do Rivaldo Sai Desse Lago™ e talvez The Witcher) e Bayonetta… todo mundo com atributos físicos avantajados e que chutam bundas desde que criados.

E sim, nada como ver uma (cuidado floquinhes e menines, linguajar misógino vindo!) bela raba na sua frente ou peitcholas portentosas arregaçando hordas de inimigos. Isso que é entretenimento! As fêmeas (ou gays) podem dizer o mesmo, pois têm mais opções pela história de heróis até há pouco tempo ser em sua maioria, homens. Enfim, tem pra todos os gostos.

MAS NÃÃÃÃÃÃÃOOOO… alguém tem de reclamar de bela estética em detrimento de um mundo que apodreceu e ficou chato pra caraglio. E pior: FEIO.

Diversidade né, era pra ser feia também?

Porém toda essa reclamação é coisa de ocidental, na Ásia ainda se vê bundas e peitos chacoalhantes nas telas, personagens bonitos e fortes como devem ser e acima de tudo, vencedores. É uma questão cultural e que ainda é “normal” no oriente e todo mundo ainda tem seu lugar na sociedade sem ter de pintar o cabelo de azul, engordar e emitir guinchos animalescos infantilizados quando contrariados. O ocidente está podre.

Vejamos a crítica besta sobre o jogo Stellar Blade – desenvolvido na Pior Coréia™ e que ainda só tem uma demo – que anda horrorizando os justiceiros sociais do ocidente:

Cuidado, inglês!

A personagem principal fora inspirada na esposa de um dos criadores do jogo, e o corpo a partir de uma modelo real, mas não podemos ser bonitos ou esteticamente melhores do que os outros senão chiam. A fraqueza glorificada por aqui é vexaminosa e apenas mostra como o resto do mundo continuou prosperando enquanto apenas perecemos e nos tornamos uma massa amorfa e sem graça – tudo em nome do controle, como citei num comentário que fiz nesse vídeo – e apenas corrobora o que Huxley observou sobre a maior obra de Orwell:

Dentro da próxima geração, eu acredito que os governadores do mundo irão descobrir que o condicionamento infantil e a narco-hipnose são mais eficientes, como instrumentos de governança, do que porretes e prisões, e que a cobiça pelo poder pode ser completamente satisfeita ao sugerir que as pessoas amem a sua servidão, ao invés de chicoteá-las e chutá-las à obediência. Em outras palavras, eu sinto que o pesadelo de 1984 está destinado a ser modulado ao pesadelo de um mundo mais semelhante ao que eu imaginei em Admirável Mundo Novo. A mudança surgirá como resultado de uma necessidade sentida [pelo governo] para o aumento da eficiência. Enquanto isso, claro, pode haver uma guerra atômica e em maior escala biológica — caso em que teremos pesadelos de tipos diferentes e inimagináveis.

– Aldous Huxley

Portanto podemos afirmar que entretenimento caminha para ser algo insípido como a vida em 1984, amargo como o gim de 1984 e bizarro como a eugenia de Admirável Mundo Novo.

As pessoas (ou pessoes, esse tipo de merda aí) estão com medo genuíno de ser algo que desejam para se tornarem “o aceitável“, como em uma certa distopia asiática que começa a parecer mais livre do que a própria Muricah’. Não vou citar Hollywood para não dar gatilho.

Agora discutam tiozões, digladiem sobre o assunto…

Author: Eric Mac Fadden