Cookie é bom…

Se vocês são como eu, que vive pululando de sítio em sítio para ler sobre as novidades da Xiaomi, tirar sarro das “features” da Apple ou descobrir que a China vai te ferrar de mais outra maneira irreversível, já estão cansados de uma antiga novidade que volta a povoar a Internet: os pop-ups. Estou falando mais precisamente da ferramenta de marketing mais agressiva e involuntária da rede, os famigerados cookies.

Ultimamente esse artifício voltou a ser um incômodo por causa – mais uma vez – das leis européias.

Como exigem das empresas uma transparência quanto aos dados do usuário na EUa GDPR – os sites voltaram a ser impelidos à prática dos avisos (que tanto lutávamos para desviar), mas desta vez quanto aos cookies que coletam nossos dados facilitam a vida do navegante.

Ok, é só dar um opt-out e tá de boas

Boa parte das vezes, não há uma opção para discordar. Mesmo sendo contra a lei e a mesma sendo botada em prática, milhares (ou milhões, bilhões!) de sites não correspondem às normas e simplesmente eliminam o botão para recusa. É uma filhadaputisse sem fim (que lembra A Antiga Internet™ – aquela linda terra sem lei)

Fritas e refrigerante grande SIM

De um lado as leis européias querem blindar os usuários para preservar seus dados, do outro toda essa massa de informação gerada pelos sites é ouro na mão de quem se apoia em adsos grandes e pequenos – da mesma maneira nas atividades criminosas profissionais como scammers fazem encurralam o pobre navegante ao labirinto do fauno, obrigando-o a aceitar e ser roubado sem ação.

É a mesma coisa de ir ao McDonald’s – seu Ryco™ – pra tomar uma casquinha e ter de levar um combo que não quer além de ser obrigado a responder um questionário. Algo impensável aqui na Banânia™ e seus lindos cartéis provedores de Internet. Pobres europeus…

Para combater O Mal™, um grupo de privacidade europeu está lançando uma campanha para tentar destruir a mazela.

O noyb há três anos tenta resolver questões como esta antes que medidas legais sejam tomadas, como um intermediador que se torna um guia para o usuário que se sentir lesado quanto às más práticas de sites.

Claro que em um futuro (creio que) bem próximo hajam plugins até mesmo nativos – não Chrome, eu sei que você não quer e não o fará voluntariamente – para automaticamente negar estes avisos.

Mesmo assim sabemos que a malandragem é mais forte, e que tudo fica mais pesado e burocrático à medida que artifícios tentam resolver os problemas, sempre terá um indiano, russo, chinês ou banânio safados para criar outra ferramenta para combater uma vida honesta, privada e sem preocupações.

Fonte: TechCrunch

Author: Eric Mac Fadden